Grande Sertão Veredas – Uma Travessia Inesquecível

Hoje, quero te levar para uma jornada profunda na alma brasileira. Vamos falar sobre “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa.

Este livro não é apenas uma leitura; é uma experiência. Ele me transportou para um sertão que é ao mesmo tempo real e mítico. É uma obra que desafia, encanta e, acima de tudo, transforma o leitor.

Sobre o Que se Trata o Livro

“Grande Sertão: Veredas” é a história de Riobaldo, um ex-jagunço que narra suas memórias. Ele conta suas aventuras, seus combates, sua paixão e suas dúvidas existenciais.

Tudo se passa no sertão mineiro, que ganha uma dimensão universal. O livro explora temas como o amor, o sofrimento, a força, a violência e a alegria.

É um mergulho na complexidade da condição humana, visto pelos olhos de um homem em constante questionamento.

Resenha: A Alma Humana no Sertão

Ao iniciar a leitura de “Grande Sertão: Veredas”, eu já sabia que não seria fácil. A linguagem de Guimarães Rosa é única.

Ele mistura o regionalismo mineiro com palavras criadas, sons e ritmos da fala. Mas, como bem disse um leitor, “você simplesmente pega a obra para ler e SENTE as palavras fazendo sentido”.

E foi exatamente isso que aconteceu comigo. Superadas as primeiras páginas, a narrativa de Riobaldo me envolveu completamente.

A obra não é dividida em capítulos. Riobaldo conta sua história de forma não linear. Ele divaga, reflete, e o leitor se vê imerso em seus pensamentos mais íntimos.

A busca por Diadorim, o questionamento sobre a existência do diabo, os dilemas morais dos jagunços: tudo se entrelaça em uma trama complexa e fascinante.

A forma como Guimarães Rosa constrói a linguagem é um espetáculo. Parece que estamos ouvindo Riobaldo. Por isso, a dica de ler em voz alta faz todo o sentido.

Esta edição da Companhia das Letras é um presente para os leitores. O material é de ótima qualidade. As páginas amarelas e a diagramação são confortáveis. Além disso, os textos de apoio são riquíssimos.

Eles ajudam a entender a profundidade da obra. A capa, com o bordado de Arthur Bispo do Rosário, é um detalhe à parte. É um livro que exige dedicação, mas a recompensa é imensa. É uma travessia que vale cada esforço.

Breve Descrição

“Grande Sertão: Veredas” é um romance épico de João Guimarães Rosa. Ele narra as memórias de Riobaldo, um ex-jagunço, no sertão de Minas Gerais.

A obra aborda temas universais como amor, fé e existência. É um marco da literatura brasileira, conhecido por sua linguagem inovadora e profunda.

Ano de Lançamento

A versão original de “Grande Sertão: Veredas” foi publicada em 1956. A edição da Companhia das Letras, capa comum, que estou resenhando, foi lançada em 25 de fevereiro de 2019.

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Críticas Especializadas

“Grande Sertão: Veredas” é universalmente aclamado pela crítica. É considerado uma das maiores obras da literatura em língua portuguesa. Desde seu lançamento, gerou uma vasta “Fortuna Crítica”.

Esta nova edição da Companhia das Letras inclui textos de renomados estudiosos. Nomes como Roberto Schwarz, Walnice Nogueira Galvão e Benedito Nunes. Eles exploram a complexidade da linguagem e os múltiplos sentidos da obra.

Clarice Lispector e Fernando Sabino também trocaram correspondências sobre o impacto do livro. A obra é vista como um divisor de águas na literatura brasileira. Sua inovação linguística e sua profundidade filosófica são sempre destacadas.

Faixa Etária

Este livro é recomendado para leitores adultos. A complexidade da linguagem e dos temas exige maturidade e dedicação. Não é uma leitura para a infância ou adolescência.

Sobre o Autor

João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo (MG) em 1908. Faleceu no Rio de Janeiro em 1967. Foi diplomata e médico.

Sua paixão pela língua e pela cultura brasileira é evidente em sua obra. Ele viajou pelo sertão, absorvendo a fala e as tradições locais.

Essa experiência enriqueceu imensamente sua escrita. Rosa é reconhecido mundialmente pela sua genialidade.

Outros Livros do Autor

Além de “Grande Sertão: Veredas”, João Guimarães Rosa é autor de outras obras importantes:

  • Sagarana (1946)
  • Corpo de Baile (1956)
  • Primeiras Estórias (1962)
  • Tutameia – Terceiras Estórias (1967)
  • Estas Estórias (obra póstuma, 1969)
  • Ave, Palavra (obra póstuma, 1970)

Categoria do Livro

“Grande Sertão: Veredas” se encaixa na categoria de Romance dentro da Literatura Nacional e Ficção Literária. Pode ser também classificado como Ficção Filosófica.

Por Que Ler o Livro?

Ler “Grande Sertão: Veredas” é uma experiência transformadora.

  • Desafio Intelectual: A linguagem de Rosa expande a percepção do leitor.
  • Profundidade Humana: A obra explora temas universais de forma profunda.
  • Conhecimento Cultural: É um mergulho na alma do povo brasileiro.
  • Reconhecimento Literário: É um clássico incontestável, essencial para qualquer leitor sério.
  • Beleza Lírica: A prosa de Rosa é pura poesia, mesmo em meio à crueza do sertão.

Como bem expressa o próprio Rosa, “Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispões para a gente é no meio da travessia.” Essa citação resume bem a jornada que o livro oferece.

Curiosidades

  • Guimarães Rosa falava mais de 9 idiomas. Ele usou esse conhecimento para criar palavras em português.
  • Para escrever a obra, ele fez uma viagem de 10 dias com vaqueiros. Queria entender as tradições e o modo de falar deles.
  • A capa desta edição da Companhia das Letras é uma reprodução de um bordado de Arthur Bispo do Rosário. Ele incluiu nomes de personagens do livro.
  • Os desenhos originais de Poty Lazzarotto, que ilustraram as primeiras edições, estão presentes nesta nova versão.
  • A dedicatória do livro é para Aracy de Carvalho, esposa do autor. Ela salvou muitos judeus do nazismo, sendo conhecida como “Anjo de Hamburgo”.

Conclusão

“Grande Sertão: Veredas” é uma obra-prima. É um livro que exige esforço, mas recompensa com uma profundidade rara.

A história de Riobaldo é um espelho da condição humana. Suas dúvidas, amores e medos ressoam em cada um de nós.

É uma leitura que marca, que faz pensar e que, com certeza, enriquece a vida. Se você busca uma experiência literária densa e significativa, não hesite em se aventurar por essas veredas.

Para mais resenhas e indicações de livros que transformam, acompanhe o blog Universo dos Livros.

Não perca a chance de ter essa obra-prima em sua estante. Embarque na travessia de Riobaldo e descubra um universo de reflexão e beleza.

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Principais Avaliações do Brasil

⭐⭐⭐⭐⭐ LUCIANE PIRES

A beleza da literatura brasileira

“Livro maravilhoso de uma beleza e profundidade muito grandes. Superou as expectativas!”

⭐⭐⭐⭐⭐ Tiago

Avaliação edição Companhia das letras

“Antes de tudo saiba que não é uma leitura fácil. Recomendo que leia a amostra digital e compre só depois disso, para o livro não encalhar na sua estante. […] Mas inexplicavelmente é uma obra que consegue despertar muitos sentimentos. Você simplesmente pega a obra para ler e SENTE as palavras fazendo sentido. Não à toa é o livro da vida de muitas pessoas.”

⭐⭐⭐⭐⭐ Querubina Aurélio Bezerra

Um clássico!

“Certamente a obra mais densa e complexa da literatura brasileira. Esse enredo maravilhoso que nos faz desbravar o sertão e um vocabulário tão peculiar. Minha maior curiosidade é, quanto tempo um interlocutor levaria escutando toda essa história de Riobaldo, porque só 3 dias é muito pouco.”

⭐⭐⭐⭐⭐ Thiago Frade

Ótima compra.

“Excelente produto. Muito bonito, boa qualidade, bom material.”

⭐⭐⭐⭐⭐ João Pedro M.

“Viver é um rasgar-se e remendar-se.”

“A obra já começa grandiosa desde a dedicatória. Tem de tudo um pouco, na leitura, para quem souber procurar; cada leitor terá uma experiência na medida da sua necessidade.

O livro fala muito sobre CORAGEM e fala de uma forma muito especial sobre o amor; aquele amor que todos deveriam ter a oportunidade se sentir pelo menos uma vez na vida. Sentir e viver.”

PerguntaResposta
“Grande Sertão: Veredas” é difícil de ler?A linguagem de Guimarães Rosa é única e inovadora, com neologismos e regionalismos. Pode ser um desafio inicial, mas muitos leitores relatam que, com persistência, a leitura se torna fluida e profundamente recompensadora.
Qual a história principal do livro?O livro é narrado por Riobaldo, um ex-jagunço, que conta sua vida no sertão mineiro. A trama envolve suas experiências como jagunço, seus dilemas morais, sua busca por sentido na vida e um amor ambíguo por Diadorim, uma figura central e misteriosa.
Quais são os principais temas abordados?Os temas são vastos e profundos: amor, morte, bem e mal, fé e dúvida, coragem, identidade, e a busca pelo sentido da existência humana. A obra explora a complexidade da alma e da condição humana.
Para qual público o livro é recomendado?É recomendado para leitores adultos que buscam uma experiência literária densa e complexa. Não é ideal para a primeira infância ou leitores iniciantes, devido à sua estrutura narrativa e à profundidade dos temas.
Esta edição da Companhia das Letras é boa?Sim, a edição da Companhia das Letras é elogiada pela sua qualidade. Apresenta novo estabelecimento de texto, cronologia ilustrada, desenhos originais de Poty Lazzarotto e uma valiosa “Fortuna Crítica” com ensaios de importantes nomes da literatura brasileira, enriquecendo a experiência do leitor.
Guimarães Rosa fez alguma pesquisa para escrever o livro?Sim. João Guimarães Rosa era médico e diplomata, mas dedicou-se intensamente à pesquisa. Ele fez uma viagem de dez dias a cavalo pelo sertão mineiro, acompanhando vaqueiros para absorver o linguajar, os costumes e a cultura local, o que se reflete na autenticidade e riqueza da obra.
Por que o livro é considerado um clássico?É um clássico por sua inovação linguística, que expandiu os limites da língua portuguesa, pela profundidade filosófica ao explorar temas universais da condição humana, e pela universalidade de sua representação do sertão, que transcende o regional para se tornar um cenário de dilemas existenciais. Sua influência na literatura brasileira e mundial é imensa.
Marcos Antônio
Marcos Antônio

Olá, sou Marco Antônio, um verdadeiro entusiasta e apaixonado por livros. Desde cedo, os livros têm sido não apenas minha fonte de entretenimento, mas também minha porta de entrada para novos mundos, ideias e perspectivas. Cresci devorando histórias de diversos gêneros, desde clássicos da literatura mundial até obras contemporâneas que desafiam o status quo.

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