Poucos livros mexeram tanto comigo quanto Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Publicado pela primeira vez em 1881, este romance foi considerado ousado e inovador, inaugurando o realismo no Brasil. A edição integral de 2019 permite que novos leitores mergulhem em uma narrativa única, onde o protagonista, já morto, decide contar sua vida sem pudores e sem a necessidade de agradar.
Sobre o que se trata o livro
A história é narrada por Brás Cubas, um “defunto autor” que decide escrever suas memórias após a morte. Ele relata suas experiências amorosas, frustrações, devaneios, fracassos e reflexões filosóficas. Ao falar de si, revela também as contradições da sociedade brasileira do século XIX. A ironia, o humor ácido e a quebra das convenções narrativas transformam este livro em uma obra-prima universal.
Resenha
Ao abrir as primeiras páginas, senti que não estava diante de um romance comum. O narrador fala diretamente comigo, brinca, ironiza, faz digressões e até me provoca. Essa interação constante é o que torna a leitura tão singular.
O estilo é fragmentado, com capítulos curtos e reflexões rápidas. Machado não tem pressa em desenvolver tramas complexas, mas sim em revelar o que há de mais íntimo no ser humano: egoísmo, vaidade, hipocrisia e desejo.
Uma das frases mais impactantes está logo no início:
“Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.”
Esse trecho resume a visão desencantada de Brás Cubas, que olha para sua vida sem arrependimentos, mas também sem grandes conquistas.
Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Com essas palavras, o narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas resume a sua vida. O tom assumido na obra, bem como as técnicas empregadas na composição romanesca, são alguns dos fatores que justificam o lugar de Machado de Assis entre os maiores escritores do século XIX. Neste romance repleto de digressões filosóficas, o escritor se vale da posição privilegiada de Brás Cubas, que, como defunto autor, narra as suas desventuras e revela as contradições da sociedade brasileira do século XIX, por meio de uma análise aprofundada de seus personagens.
Breve descrição
- Título: Memórias Póstumas de Brás Cubas
- Autor: Machado de Assis
- Ano da versão integral: 2019
- Editora: Principis
- Páginas: 192
- Idioma: Português
- Faixa etária: A partir de 16 anos
Outros livros similares
Título | Autor | Ano | Categoria |
---|---|---|---|
Dom Casmurro | Machado de Assis | 1899 | Romance psicológico |
Quincas Borba | Machado de Assis | 1891 | Realismo |
O Primo Basílio | Eça de Queirós | 1878 | Romance realista |
Madame Bovary | Gustave Flaubert | 1857 | Romance realista |
Críticas especializadas
- Antonio Candido: destacou o caráter inovador da obra e sua quebra com o romantismo.
- Roberto Schwarz: ressaltou a ironia e o olhar crítico sobre a elite brasileira.
- Susan Sontag: considerou Machado um dos maiores escritores de todos os tempos, comparando-o a mestres da literatura mundial.
Faixa etária
Indicado para jovens e adultos a partir de 16 anos, especialmente para quem deseja compreender a profundidade da literatura brasileira.
Sobre o autor
Machado de Assis (1839-1908) é o maior nome da literatura nacional. Nascido no Rio de Janeiro, superou a pobreza e problemas de saúde para se tornar romancista, cronista, poeta e dramaturgo. Foi o fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras e é estudado em universidades do mundo inteiro.
Outros livros do autor
- Dom Casmurro
- Quincas Borba
- Esaú e Jacó
- Memorial de Aires
Categoria do livro
- Romance realista
- Clássico brasileiro
- Literatura psicológica
Por que se deve ler o livro
- Foi o marco inicial do realismo brasileiro.
- Traz reflexões universais sobre a condição humana.
- Tem uma narrativa irônica e interativa com o leitor.
- É um dos livros brasileiros mais reconhecidos internacionalmente.
- Permite compreender as contradições da sociedade do século XIX, que ainda ecoam nos dias de hoje.
Curiosidades
- O livro foi publicado inicialmente em folhetins no jornal Revista Brasileira.
- O narrador “defunto autor” foi uma das maiores inovações narrativas da época.
- Machado inspirou escritores como Carlos Fuentes e Philip Roth.
- O romance já foi adaptado para cinema, TV e teatro.
Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Com essas palavras, o narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas resume a sua vida. O tom assumido na obra, bem como as técnicas empregadas na composição romanesca, são alguns dos fatores que justificam o lugar de Machado de Assis entre os maiores escritores do século XIX. Neste romance repleto de digressões filosóficas, o escritor se vale da posição privilegiada de Brás Cubas, que, como defunto autor, narra as suas desventuras e revela as contradições da sociedade brasileira do século XIX, por meio de uma análise aprofundada de seus personagens.
Conclusão
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” é um livro que transcende o tempo. Machado de Assis criou um narrador irônico, inteligente e profundamente humano. A obra é leitura obrigatória não apenas para quem ama literatura brasileira, mas para quem deseja entender melhor o ser humano em suas fraquezas e contradições.
👉 Acompanhe mais resenhas no blog: Universo dos Livros
👉 Adquira o livro na Amazon: Clique aqui para comprar
Principais avaliações do Brasil
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ Alexandre Drachler Simões – “Um clássico que não envelhece. Narrativa irônica, crítica à sociedade e genialidade literária.”
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ M. Dutra – “Clássico obrigatório, leitura necessária. Produto entregue no prazo e em ótimo estado.”
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ Diego Coimbra – “Narrativa cheia de reflexões. Brás Cubas descreve suas aventuras e devaneios de forma brilhante.”
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ Otacílio – “Livro incrível, chegou muito rápido. Machado nunca decepciona.”
⭐️⭐️⭐️⭐️ Anri – “Boa edição, mas houve problemas com entrega e algumas folhas enrugadas. No geral, uma boa compra.”
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ Cliente Kindle – “Leitura obrigatória. A ironia de Machado me impacta sempre que releio este clássico.”
FAQ
O próprio Brás Cubas, já morto, que conta sua vida como “defunto autor”.
Porque inaugura o realismo no Brasil e revoluciona a narrativa literária.
Tem linguagem do século XIX, mas capítulos curtos tornam a leitura dinâmica.
192 páginas na edição de 2019.
Sim, especialmente a partir dos 16 anos.